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Tag Archives: biclas

Eis, em principio (!), a última marca que vou adicionar à colecção ‘Bicicletas Espectaculares’.

A Surly – que não fica em Inglaterra como pensava – não é uma marca que chame especial atenção à maioria das pessoas que andam de bicicleta. Não têm modelos de alumínio, carbono e escandio; não usam decorações garridas (parolas para alguns); têm tubos finos; não pretendem ilustrar a ideia de que uma bicicleta não serve somente para transportar os pobres; Não têm suspensões supersónicas .. Enfim, não prendem o olhar guloso que parece definir o humano contemporâneo. A não ser, claro está, de quem procura essas mesmas características numa bicicleta e não se importa de montar uma, peça a peça.

Surly Pugsley, de Vik Approved (http://www.flickr.com/people/vikapproved/)

Surly Pugsley, de Vik Approved (http://www.flickr.com/people/vikapproved/)

Mas o que me faz destacar a Surly, não foram os quadros de aço e uma atitude do quotidiano que estes reflectem. De facto, a Surly nem precisa de ninguém para a destacar (tal com as restantes marcas), o que fazem é suficiente. Vou por isso passar a enumerar alguns aspectos que considero únicos nesta marca:

– Sim, a atitude do quotidiano, até com alguma despreocupação de quem parece saber que as bicicletas servem para andar e não para serem olhadas, é um desses aspectos;
– Mas também temos os aros Large Marge, que conseguem albergar um pneu de 3,7″. É mesmo 3.7″, não de 2,7″;
– Uns pneus de 3,7″, chamados de Endomorph. E;
– um garfo e um quadro a condizer com este equipamento largo, com o nome de Pugsley.

Sendo que neste pacote único – porque não existe mais ninguém que os fabrique -, de pneus gordíssimos para uma bicicleta, um aro que o suporta, um quadro e um garfo que permitem que tudo consiga encaixar e andar, que está a verdadeira particularidade da proposta da Surly. E se parece estranho uma bicicleta com rodas de volume tão grande (mas com um peso bom para o tamanho), basta contextualizarmos as mesmas numa praia, lama ou no meio da neve, que passam a fazer imenso sentido. Também, embora mais invulgar, é vê-las a ser usadas noutros locais tais como em provas de cross-country (XC).

mark-and-charlie-on-ride1, tirada de www.wildfirecycles.com

Criador da Fatbike e o seu cão, tirada de http://www.wildfirecycles.com

Contudo, isto só por si não é, de facto, uma proposta realmente única. Já que a ideia de uma bicicleta com grandes pneus, remonta, ao que parece, ao Sr. Remolino do México, que modificava peças e quadros para conseguírem acomodar os gordíssimos pneus. Ideia que, posteriormente, foi apropriada e cristalizada na Fatbike pela Wildfire Designs, que usava os aros e pneus da Remolino nos seus quadros, os quais eram e continuam a ser, feitos por medida, juntamente com outras peças a ‘condizer’.
Aparentemente, a Surly foi a única marca a conseguir produzir tudo isto em massa e a um preço acessível. E é aqui que se encontra a verdadeira razão para que hoje, sejam a marca de bicicletas de pneus gordos.

O sr. leitor pode ainda encontrar um bom post sobre a história das bicicletas gordas aqui. Uma boa análise aqui, outra análise aqui. Vídeos aqui, aqui e aqui.

A Surly (link da Wikipédia) é uma empresa do Minnesota, EUA. Para quem está em Portugal, penso que o melhor local para arranjar uma (peça a peça) é na bike-components.de. Já as Fatbike da Wildfire Designs, localizadas no Alaska, EUA, não conheço quem as represente na europa.

Ora, finalmente alguma coisa interessante que vai ocorrer aqui perto, na ‘bela’ cidade de Santarém, mais especificamente no CNEMA – Centro Nacional de Exposições (o ‘M’ e o ‘A’, pelos vistos não querem dizer nada).

O Festival Bike 2008 começa amanha, dia 7. E para quem não é profissional (como eu) a abertura é às 17h, com encerramento às 22h. Prolonga-se pelos dias 8 (das 8h30m às 22h) e 9, das 8h30 às 20h.
O preço dos bilhetes para a faixa etária que lê este blog é, de 5€ para uma entrada e 8€ para os 3 dias.

Mais informações:
http://www.cnema.pt/calendario_apresentacao.php?aID=2511

e link directo para o programa (alerto desde já o leitor para um grafismo assustador):
http://cnema.pt/xms/files/Programas_das_Feiras/2008/FESTIVALBIKE/programafb08.pdf

Amanha, pelos vistos, vou ter uma reunião em Santarém a essa hora.. coincidências ;P

Tenho visto alguns blogs e fóruns onde uma pergunta comum é “qual a bicicleta escolher ?”. Não sou a pessoa mais indicada para responder a essa pergunta (e daí nunca responder a essas pessoas), porque acho mais natural que se monte uma ‘a lá carte’. Mesmo assim não resisto a colocar aqui as minhas sugestões para quem quer andar de bicicleta mas não sabe bem que raio de bicicleta é que lhe serve.
Não estou aqui a olhar a relações de preço/qualidade, mas uma das sugestões desde já, é que se é a primeira bicicleta, não vale a pena gastar grande quantia. Penso que para saber se gostamos ou não de pedalar, uma bicicleta de 100€ de uma grande superfície comercial é o suficiente. Se gostarmos mesmo, então aí sim, as restantes sugestões que vou aqui expor já podem ser úteis, muito embora não aconselhe ninguém a gastar mais de 1200€ (e é muito), e muito menos a pedir créditos/endividar-se por qualquer tipo de bicicleta, a não ser que já goste mesmo de andar e tenha uma noção muito clara do que precisa.

Um dos maiores disparates que se vê por todo o lado, é a quantidade enorme de bicicletas “todo o terreno” que existem. Porque nem toda a gente as usa em trilhos, e fora destes, embora as BTT funcionem bem, existem bicicletas bem mais eficazes. Um outro disparate é chamar ‘bicicleta de montanha’ a uma bicicleta todo o terreno, já que qualquer bicicleta de estrada ‘trepa’ qualquer montanha muito bem, desde que seja sobre asfalto. E muitas outras, trepam até em todo-o-terreno desde que este seja rolante, como é o caso daquelas bicicletas de estrada com algumas coisas de TT, que se denominam de Ciclo Cross (que é, em primeiro lugar, uma modalidade).

Vejo muita gente (eu inclusive), a andar em ciclovias. As que existem perto de Leiria (Praia da Vieira até Nazaré) são boas, com excepção do troço que passa em S.Pedro (pela quantidade imensa de gente que por lá anda a algumas horas do dia, e da sua infeliz falta de civismo), mas muitas não dão para andar a sério, quer pela sua dimensão ou pela quantidade de pessoas que por lá andam.
Andar em estadas, cidades e ciclovias, requer um esforço diferente de andar no meio do trilho (pelo menos uma boa parte deles), já que este último é arrítmico, a resistência é exigida numa sucessão de explosões de força e de movimentos técnicos. Andar em estrada, é muito sobre ritmo de pedalada – a cadência – e da resistência ao mesmo. Não se fica sujo, não se desgastam as peças da bicicleta ao mesmo ritmo de uma BTT, não requer tantas afinações e é, quanto a mim, mais eficaz para perder peso. É igualmente um vicio, já que se começa a ficar obsessivo com relações de distância e tempo para as percorrer, e é natural que se aumente progressivamente a cadência, força e resistência. Como é natural é na estrada que se sentem velocidades altas, se bem que quem pratica Down Hill também as sentirá, mas de forma diferente.
Por outro lado, quando se anda em estrada/cidades, não existe a natureza, não existem saltos, nem a constante alteração de ritmos e outras emoções derivadas ao terreno no BTT.

O andar de bicicleta têm uma relação estreita com a própria bicicleta, mas penso que antes de se olhar para a máquina é bom ter uma noção do que nos dá mais prazer a fazer. Porque andar no meio de trilhos, silvas, pedras, raízes e barro é coisa que não agrada a muita gente. O que é bom para os outros, pode não ser para nós. E a bicicleta não anda sozinha.

Bom, mas em qualquer caso, se andar entre ciclovias, cidades ou outras estradas (asfalto) é o que querem, algumas sugestões são:

> a Cannondale Bad Boy Ultra

Cannondale Bad Boy
Cannondale Bad Boy Ultra

Aspectos positivos:
– Primeiro a geometria do quadro, que pelo menos para o meu corpo, me permite dispor bem o peso e de igual forma, proporciona mais tracção. Não é uma geometria relaxada, o que é excelente para subir, mas pouco confortável para quem quer andar lento.
– O quadro tem uma tubagem que me agrada particularmente, já que dá a ideia (não sei se é ou não verdade) de ser rígida e construída para ser eficaz onde é preciso com simplicidade e sem excessos (= peso extra). O slooping acentuado (a inclinação do tubo que vai da direcção ao tubo do selim), é boa para manter o centro de gravidade da bicicleta mais baixo e permitir mais manuseabilidade, que também trás a vantagem de ser um pouco mais confortável para montar e desmontar, especialmente para as ‘gajas’.
– O guiador horizontal é bom para andar em cidades e distâncias médias e curtas, porque permite manter uma posição mais vertical do tronco, e os manípulos dos desviadores (que servem para pôr e tirar mudanças) bem como os travões, estão literalmente, sempre à mão. Embora para longas distâncias – que não é a ideia por detrás da bicicleta – seja desconfortável. Mas para isso existem as bicicletas de estrada com os seus guiadores característicos.
– Rodas de 28″, que são de estrada (as de BTT têm 26″). E embora não conheça bem as rodas que esta bicicleta têm, o que é certo é que é possível colocar lá umas leves, que rolam rápido. Bem mais rápido do que qualquer uma de BTT rolará. Devido ao diâmetro, que cobre mais cm por pedalada do que uma roda de BTT (26″), à leveza que é importantíssimo para que rolem facilmente, e pela dimensão do pneu que acomoda – que ao ser mais estreito e mais leve, causa menos atrito, rolando mais facilmente. Ou seja, dada a mesma energia na pedalada, é possível andar mais rápido com esta combinação de roda/pneu do que com umas de BTT.
– Relação da transmissão, que é adequada para a cidade e mesmo para a ciclovia. Embora nesta última, talvez se esgotem facilmente. E isto é relevante. A relação que a transmissão têm é a relação entre os ‘dentes’ daqueles pratos que estão perto dos pedais e os ‘dentes’ dos pratos que estão ao pé da roda de trás. Fundamentar isto com factos, está fora dos objectivos deste post, porque é algo que ia maçar toda a gente e que mais tarde ou mais cedo vão acabar por descobrir. Por agora, a Cannondale Bad Boy têm uma relação boa, porque os dentinhos dos pratos da frente têm, de fora para dentro, 48/36/26 dentes (e esta é mesmo a contagem exacta.), e atrás têm nove pratos (3 da frente a multiplicar por estes 9 pratos, faz as tais 27 mudanças possíveis) cujos extremos são de 11 e 32 dentes. O que normalmente proporciona intervalos suaves entre as várias mudanças (sem grande discrepância entre os dentes de cada prato). Provavelmente para a ciclovia, para quem já anda a algum tempo, ter dois pratos à frente com 53/39, é mais adequado, mas lá está, a Bad Boy é veiculo mais direccionada para quem anda rápido na cidade e estradas/vias circundantes.
– O peso da bicicleta, deve ser modesto, mas isto é ver na loja mesmo. Bicicletas pesadas são terríveis para subir e não aconselho a ninguém (incluindo esta Bad Boy, caso seja pesada).
– A suspensão Bad Boy é algo que me agrada imenso, embora nem ache necessário suspensão para andar nos locais onde esta bicicleta está pensada para andar. Mas a Super Fatty Ultra é simples, eficaz, tem um botãozito logo no extremo, perto do guiador, para se bloquear. E quando está desbloqueada, proporciona conforto extra. À frente pelo menos… :P
– Desviador de trás Sram X7 e da frente Shimano Deore, é uma boa escolha e são bons. Alias, não aconselho nada menos que estes dois em qualquer bicicleta deste tipo (se for Sram, é o X7 para cima, e se for Shimano, é Deore para cima – e isto é para tudo, desde o pedaleiro às mudanças). E este conselho deve-se à relação de peso/preço/qualidade, ao seu bom peso, ao facto de funcionam bem e suavemente, de serem fáceis de montar e desmontar, fáceis de afinar e durarem bastante. Pelo menos, nunca tive de trocar nenhum por se partir, nem de os afinar após quedas. Embora nada escape a isto, seja caro ou barato.

Aspectos negativos:
– Não existe uma geometria especifica de mulher. E acho isto inadmissível hoje em dia, já que o peso e fisionomia é diferente dos homem.
– Acho travões de disco uma absurdo para estas bicicletas, já que os V-Brakes chegam e sobram, e são bem mais leves e baratos do que os Avid Ball Bearing 5 que vêm equipados na Bad Boy Ultra, e mais leves e baratos que qualquer travão de disco (proporcionalmente pelo menos).
– A Cannondale parece já não ter disponível no site uma versão com a transmissão interna Rohloff. É estranho e é uma pena, mas sobre isto de transmissões falo num outro post.
– O quadro é bom, mas preferia que fosse de aço, já que o alumínio é material ranhoca (= pouco confortável) para andar em todo o lado com a excepção de uma boa estrada (que é coisa difícil em Portugal).
– O pedaleiro transporta consigo relações adequadas, mas não sou grande adepto de rolamentos internos (por serem mais ‘chatitos’ de se instalar e desinstalar), e aconselhava a mudarem para Shimano SLX ou Truvativ FireX.
– As rodas são um enigma, não se sabe o peso nem detalhes das mesmas. Em qualquer dos casos, umas Mavic Ksyrium SL resolviam o problema.

> a Surly Cross Check

Surly CrossCheck
Surly Cross Check

Aspectos positivos:
– Quadro de aço! com uma geometria que trás consigo as mesmas vantagens da Cannondale Bad Boy, embora a ausência de slooping – já que é um quadro com geometria clássica – tenha algumas desvantagens que também são importantes para perceber que a ideia aqui já não é a mesma que a Cannondale Bad Boy. Esta, está mais virada para a estrada e grandes ciclovias, e embora esteja em casa na cidade, o que têm em mente são viagens grandes e, caso se pretenda, fora do asfalto, bastando para isso mudar os pneus.
– A geometria e o material não é o único indicativo de que é uma bicicleta para viagens longas, ou qualquer tipo de viagem, de forma eficaz e confortável. A transmissão com pratos de 12-25 atrás e 48/36 à frente, sugere que foi pensada para andar fora da estrada em superfícies relativamente rolantes. Mas lá está, uma bicicleta comprada na sua totalidade tem sempre muitos “mas”, e este pedaleiro com 48/36 dentes não é adequado a longas viagens sobre asfalto. Para isso existe o 53/39. Embora o 48/36 seja perfeitamente adequado a quem não está ainda muito habituado a pedalar durante muito tempo. Especialmente com os pratos de 12-25 atrás.
– O quadro e garfo em aço, mais sendo da Surly, são sinónimos de conforto. Digo eu que tenho um garfo deles :P
– O guiador de estrada permite colocar as mãos (e o tronco) em 4 posições. Indispensável para longas distâncias.
– Rodas de 28″. Decisivas para este tipo de bicicletas.

Aspectos negativos:
– Não existem em geometria de senhora.
– Os manípulos dos desviadores e travões estão numa posição completamente inadequada para andar em locais como cidades. Os desviadores, que na foto estão no extremo de baixo dos guiadores, deviam estar atrás dos travões, que na foto, estão na parte da frente do guiador.
– Os desviadores são Shimano Tiagra. Aconselho no mínimo Shimano 105, pelos mesmos motivos que aconselhei a gama X7 da Sram e Shimano Deore na Cannondale Bad Boy. Os Sram’s X’s e Shimanos Acera/Alivio e Deores são para BTTs e bicicletas de ‘cidade’. Para estrada existem outras gamas. Na Shimano só vale a pena (para o valor que referi acima) da 105 para cima, na Campagnolo (a única marca aqui que só produz para ciclismo de estrada), a partir do Centaur, e Sram a partir da Rival (também não existem muitas gamas na Sram para escolher :D). Digo isto do ponto de vista de quem anda a escolher uma bicicleta de estrada e respectivos componentes, e pela experiência que tenho com as marcas em BTT. Que fique bem claro que nunca usei nenhum componente de estrada.
– Os restantes componentes não são grande “pistola”, e as rodas seriam para mudar tal como na Bad Boy. A cassete também, e o mesmo para a corrente. Por isso também ficam já a saber que quando falo em bicicletas boas, estou-me a referir essencialmente a quadros bons. Os componentes olho para eles à parte, embora sejam igualmente importantes.

Para mim é um quadro a ter em conta (já ando de olho nele há uns tempos) e a Surly é essencialmente sobre quadros e componentes, com alguma idiossincrasia. E de facto tem de se mudar uma maior numero de componentes do que nas restante bicicletas.

> a Trek 7.5 FX

Trek 7.5 FX
Trek 7.5 FX WSD

Aspectos positivos ?
– Geometria com as mesmas características das bicicletas anteriores. Com a vantagem de existirem modelos específicos para ‘nino’ e ‘nina’. Coisa que me faz recomenda-la para as ‘ninas’. E mantém um slooping acentuado como a Cannondale Bad Boy com todas as suas vantagens.
– Um garfo rígido á frente, de carbono. Falam bem deste tipo de garfos e acredito que sejam tão bons como os meus Surly 1×1, quer em durabilidade como conforto. Mas nunca usei nenhum, por isso deixo isto em aberto.
– Pneus adequados na medida 700x32c (mais confortável). Se são rolantes ou não, não sei.
– Equipamento razoável em toda a bicicleta, com as gamas Shimano LX (que actualmente vai ser substituída pela SLX) e Shimano Deore. Embora com as rodas, fique sempre de pé atrás.
– Transmissão adequada ao uso que se propõe, que é um uso em tudo idêntico a Cannondale Bad Boy. Embora a cassete (o tipo de encaixe onde estão reunidos os pratos dentados de trás) com 26-11 possa ser exigente para pernas menos treinadas. Mas será suave nas transições, mais que uma 32-11.
– Guiador horizontal, que tem as mesmas vantagens que foram descritas na Cannondale Bad Boy.
– Rodas de 28″, pelas razões já descritas.

Aspectos negativos ?
– Alumínio! este quadro era algo que não tinha dúvida nenhuma em recomendar a 100% se fosse de aço. Porque é confortável, é resistente e dura.
– Cassete Sram PG950 provavelmente não é grande aposta a nível de peso, e uma Shimano Deore ou Deore XT era mais adequada (mas não sei se existem nas mesmas relações..).
– Rodas, não devem ser grande coisa de certeza (nem vêm listadas no site da Bontrager), mas isso pode-se mudar. Existem boas rodas quer da Shimano, como da Mavic, DT Swiss, American Classic, Campagnolo, Easton, FSA, Spinergy, Zipp, etc, etc. Eu gosto das Reynolds Solitude 28″, especialmente do preço :P

E é só. Por agora :P
Em qualquer das bicicletas, trocar o pedaleiro para um com pratos de 53/39 para andar mais rápido, e colocar uns pneus com a medida 700x23c para ir a voar. Para andar em trilhos relação 48/36 e pneus de trilho 700x32c (que são mais largos e confortáveis). Mas essas relações de transmissão e pneus é coisa ao gosto de cada um (como tudo o resto nas bicicletas). O selim é coisa que de certeza toda a gente acaba por mudar, seja que marca for e que preço tenha :P (eu gosto dos WTB :D e os da Selle Royal também são bonzitos. Já tive dois da Selle Italia, o Max Flyte Trans Am e o ProLink e não gostei nada.)
Em qualquer das bicicletas, é experimentar primeiro e ver se nos sentimos bem em cima dela e olhar com _muita_ atenção à geometria! Ver os defeitos da bicicleta anterior e optar por uma melhor. Sites com medições são o que não falta. E na www.bikemagazine.pt e www.competitivecyclist.com têm boas indicações e medições para vos ajudar. Mas a melhor ajuda é a experiência que cada um têm e os problemas que vai sentindo.

Uma outra bicicleta (quadro) que me agrada é a DeRosa Neo Primato, mas é semelhante à Surly que aqui analisei, embora o quadro pese menos 400g. Por isso é algo a ponderar (para mim é, que estou de olho nesses quadros ;P) e fica aqui a sugestão para quem não têm problemas em montar bicicletas.

Isto também veio desmascarar o facto de me inclinar sempre para o que anda mais rápido.
E para quem gostar de andar mesmo na cidade, sem grandes pressas, como transporte para o trabalho ou compras, num raio de 4/5km ?
..Isso é no próximo episódio.


Chegaram há alguns dias da Bike Components os meus novos garfos rígidos da Surly, o 1×1 e o Instigator (este ultimo já a pensar no próximo quadro Voodoo ou Slingshot). O 1×1 era para colocar na frente do novo quadro da Prime, o WRC, que comprei há uns tempos, com objectivo de tentar ‘corrigir’ a geometria do quadro que, já agora, tem um ângulo muito aberto no tubo de direcção, penso que algo como 68,5º ou 69º. E penso que estará já por volta dos 70º (o que quero são 71), mas por outro lado o slooping quase desapareceu e baixou um pouco a distancia do eixo pedaleiro ao solo, o que é mau.
Para trás fica outro garfo rígido, mas camuflado de suspensão, de marca Zoom (não sei o modelo).

Surly 1x1 Fork/Garfo
Para os menos atentos, a roda está montada ao contrário mesmo. Para a foto serve :P

Em circuitos urbanos/estradas:
A minha experiência com os 1×1 resume-se, nestes circuitos, a cerca de 70km de utilização urbana sobre asfalto, buracos, paralelos, lombas, alguns passeios e ciclovias. A versão para uso único de V-Brakes que comprei, pesa, sem cortes, 1,030g. Como tive de cortar quatro centímetros, penso que deve andar pelas 900 e tal gramas (mais para as 1000 do que para as 900, provavelmente :P).
Ate ver, só tenho a apontar coisas positivas, a começar pelo peso: subir é mais fácil, já que a suspensão anterior pesava decerto algo a volta dos 3kg. Estamos por isso a falar de um corte de aproximadamente 2kg, que se notam bem. A absorver vibrações é também visivelmente melhor do que a suspensão, coisa que se nota a andar em cima de paralelos. Existe à mesma vibração, mas é muito mais suave, muito mais confortável. Também é mais fácil puxar a roda da frente para cima para subir passeios por exemplo. No amortecimento dos buracos de estrada (que devem ter uns 5 cm de profundidade), pelo – a cerca de 30km/h é semelhante à suspensão. Um pouco mais rígido, mas nada de significativo, de tal forma que se tem de estar atento para perceber.
A diferença nota-se apenas em desníveis maiores. Descer de passeios altos sem posicionar o corpo mais para trás, torna o impacto mais forte, mas mais uma vez, não e nada de especial (já que não magoa nem e perturba). Mas deduzo que em trilhos com rochas/pedras granditas ou terreno muito acidentado e ‘duro’, obrigue mesmo a andar mais lento ou a mexer bastante o ‘corpixo’ :P E isso é a próxima coisa a fazer, andar com eles num trilho.
Ate ver estou a adorar a experiência de andar com um garfo rígido, penso que em trilho me vai obrigar a mexer mais os braços e o corpo que, sinceramente, é algo muito bem vindo. E buracos à parte, com um garfo rígido existe uma leitura natural do terreno, é mais precisa.

Os pneus que tenho usado para teste, são uns Schwalbe Kojak 26 x 2.00. São completamente ‘carecas’ como é possível observar na foto, rolam muito bem (permitem-me, e estou meio enferrujado, andar a velocidades entre 25 e 40km/h em subidas normais e rectas, sem me esforçar muito, mas também sem ‘grandes’ ventos contrários :P). Mas há que ter cuidado a travar a fundo em pisos onde existe alguma areia solta, ou somente travar quando existe areia mesmo. Ai, o mais seguro é andar lento. São pneus confortáveis também, mas já com suspensão andava com eles (ultimamente pelo menos), daí que os pneus não tenham influenciado em nada a minha experiência com este novo garfo. Muito embora, rodas para o gordo, sejam benéficas para estes garfos, por ajudarem no amortecimento.

Surly 1x1 Fork/Garfo
Símbolo da Prime :P

Em trilhos:
Só andei uma vez com este garfo num trilho, que deve ter cerca de 10/15km mas é exemplo daquilo que os trilhos são, só faltaram mesmo muitas pedras, uma ou outra saliência suficiente para dar uns saltos e mais raízes. Só me lembrei que ia com um garfo rígido quando já estava no trilho porque não notei diferença nenhuma. Mas existem diferenças, mesmo relativamente à minha velha suspensão Zoom qualquercoisa. Nota-se a velocidades superiores a 20km/h e obriga de facto a posicionar bem o corpo na bicicleta para amenizar o impacto, que acaba por nunca ser nada de muito ‘impactante’. Se o corpo estiver bem, é tudo suave. E mais uma vez, adorei a experiência. Já excluí completamente a compra da RockShox REBA Race Dual Air, que estava para comprar.
Isto porque me divirto muito mais assim, mas não é claramente uma coisa do agrado de toda a gente, é como andar com uma só velocidade na bicicleta (single speed). Há quem goste, outros não. E embora ache que esteja longe de substituir uma suspensão, recomendo a toda a gente experimentar (pelo menos) um garfo rígido e andar com o mesmo num trilho. É uma forma diferente de interpretar um terreno.
Do ponto de vista de quem não gostará, podemos dizer que não amortece nada a velocidades normais, que se perde tracção quando se passa sobre raizes, pedras e afins (se forem grandes ou se forem muitas), e que se cansa mais os braços.
Quem gosta, como eu, o prazer está no relacionamento com o trilho de forma a que esses aspectos fiquem em harmonia connosco.
Se o trilho for mesmo só composto de pedras e mais pedras, pontiagudas e grandes. Então é coisa a esquecer, como também seria uma bicicleta com suspensão à frente (somente) e também uma com suspensão total com cursos baixos.

Nesta minha passagem pelo trilho, usei como é habitual, os meus Schwalbe Nobby Nic 26 x 2.25 SnakeSkin. Que ajudam como sempre com a sua resistência, ‘rolabilidade’, tracção e versatilidade.

A única coisa que posso concluir daqui, alem do prazer imenso que é andar com este Surly 1×1, é que acho um completo disparate venderem-se bicicletas (gama baixa e media-baixa) com garfos de suspensão de merda (não que todos o sejam), como o meu e muitos outros, quando se pode ter uma bicicleta mais barata, muito mais leve e igualmente confortável (e mais GIRA também! EU ACHO :P). Enfim, as suspensões acabam por representar uma faceta negativa das ‘modas’.
Este garfo convenceu-me ainda mais de adquirir um quadro em aço, por isso o Voodoo Wanga ganha aqui algum terreno à Slingshot Ripper.

Surly 1x1 Fork/Garfo
Não à volta a dar a má geometria deste quadro, vai desenrascando…

Por fim, para quem estiver interessado, não escolha é um garfo de alumínio, como este aqui! Aço e carbono apenas (a Pace tem um e afinal, existem muitos mais. Como este da White Brothers, este e este da FRM, o DT Swiss XRR, um modelo da Shimano/Pro Bike Gear, mais este Ritchey WCS Carbon e por fim, penso seu, este Bontrager Race X Lite Switchblade. Há dias descobri estes da On-One que acho interessantes também. Sendo que parte deles é quase ou tão caro como uma boa suspensão de XC, e os restantes andam à volta dos 50/150€). O alumínio, só me parece bem para suspensões totais. Nunca testei nenhum, mas pelo mau trato que o meu corpo tem dos quadros em alumínio, é material para esquecer em ‘hardtails’, embora concorde em parte com o artigo do Sheldon Brown, na sua explicação de materiais para bicicletas de viagem. Eu não vejo a hora de me livrar do meu, não só pelo material, mas mais ainda pela geometria que trazia como ‘presente’ :P

Apercebi-me agora (umas horas depois de fazer o post) que esta deve ser a análise mais entusiástica, jamais feita por alguém, sobre um garfo rígido de aço :D


Ainda das “americas”, na cidade de Bellingham em Washington e San Diego, Califórnia, podemos encontrar a Softride Inc e a TitanFlex, respectivamente.
As Softride e Titanflex parecem ser boas proposta para ciclismo de estrada, triatlo e time trial. Mas não consigo deixar de lado o descrédito com que expõem as bicicletas no site, (especialmente a Softride), e naturalmente a forma como se retratam no mesmo. Que têm uma influência grande nos argumentos que usam para vender a ideia.

Acho ambas as propostas interessantes e com algumas possíveis vantagens face a outras bicicletas de estrada que também me interessam (sem saber os preços de todas ainda), e que aproveito aqui para abrir um parênteses grandito para listar algumas delas:
Bottecchia 8avio, Specialized Roubaix, Cérvelo RS, Pinarello FP5, DeRosa Neo Primato, Orbea Ora. Colnago Strada SC, Colnago Master X lite, BMC Racemaster SLX, Van Nicholas Zephyr, Guerciotti Alero, Felt F1SL, Simplon Pavo e Fondriest RP3.
Porque têm diferenças e promessas de viver uma viagem de forma diferente, que podem ser vantajosas.
Neste caso, estas vantagens estão relacionadas com o conforto, versatilidade de geometrias e um outro aspecto menos significativo para mim, a aerodinâmica. Não são nada que outras bicicletas também não tentem proporcionar, mas estas são claramente mais confortáveis (e mais aerodinâmicas também). Com o acréscimo de uma aparência singular, que me agrada, muito embora a ache visível de mais para mim tal como os painéis publicitários que a maioria das bicicletas teimam em ser hoje em dia.

Softride
foto: Road Bike Review

O conforto fica-se a dever ao tubo horizontal, que é também onde está o selim, absorvendo os impactos da estrada por intermédio quer, de uma ‘suspensão’ qualquer (que não percebo qual é) nas Softride, e de um tubo de titânio que flecte nas Titanflex, daí o nome. Um aspecto único destas bicicletas é a possibilidade de a adequarmos ao nosso corpo, já que podemos alterar, quando bem entendermos, a distância entre o selim e o tubo de direcção, e posiciona-lo consoante interesses e conforto.
O peso mais para baixo e a suspensão, segundo dizem, faz com que curve mais facilmente, que é coisa boa, mas não incrivelmente necessário numa bicicleta de estrada.

A Softride afirma que é necessário menos energia para ir de A a B. Mas uma simulação por computador não é argumento suficiente para convencer ninguém. Nem nunca vi ninguém a andar mais rápido porque tinha uma bicicleta com suspensão. Alías, são coisas como estas que me fazem ter mais credibilidade na Titanflex, com boas explicações técnicas, analises e um fórum, que transparece um atitude de quem confia do que faz.

Eu tenho os olhos postos na Qualifier SE Road ou na TitanFlex Transition, às quais adicionaria um Easton AeroForce MOD (ou produtos do género :P). Mas de facto, não estou inteiramente convencido com os argumentos da Softride, e nem com uma empresa que dá mais relevância a um suporte para colocar a bicicleta no carro do que à bicicleta em si. A ideia que transmitem, é de que o produto não vale nada. Acabo por me inclinar mais para as Titanflex, até porque os quadros são mais leves.
No fundo, não consigo sentir o mesmo entusiasmo que senti da primeira vez que conheci as marca, especialmente a Softride. Mas sei que devem ser mais confortáveis, e para quem anda todo equipado; é magro; forte, e anda numa posição adequada com um equipamento para o efeito, devem ser de certo, bicicletas bastante aerodinâmica e que devem reduzir de facto o esforço para chegar de um lado ao outro. Lembram-me a Kestrel Airfoil.

Contudo, quem experimentou, parece ter adorado, e existem até bastantes fotos de quem têm uma Softride no flickr e bem menos de quem tem uma Titanflex.
Gostava de testar uma de cada marca, mas até que ambas as marcas decidam distribuir as suas bicicletas na Europa e em Portugal, fico à espera, confortavelmente, até que isso aconteça. Até porque existem outras marcas com propostas excelentes, e o conforto em última instância, é algo que se resolve com um USE RX Carbon Shokpost (ou algo de género), ficando contudo, longe de permitir a flexibilidade no ajuste da geometria como ambas as marcas.

Titanflex
foto da Titanflex

No entanto, na dúvida, pela diferença e vantagens propostas por estas marcas e pela postura da TitanFlex, cá ficam as duas na minha históriazinha das bicicletas “espetaculares” :D


Slingshot logo

Demorou a lembrar, mas sempre consegui chegar ao nome daquelas bicicletas, que unem com um cabo de aço e uma mola, a parte de baixo do tubo do selim com o tubo de direcção. Ainda procurei por “Slipknot” mas depois lembrei-me que era uma banda, e lá surgiu Slingshot. As fisgas amAricanas :P, mais propriamente de Grand Rapids no Michigan, sobre a qual não tenho nenhuma curiosidade para contar a não ser que as piscinas ao ar livre estão abertas ao público. Agora já sabem! :P

Piadolas à parte, identifico-me imenso com a ideia por detrás destas bicicletas, e mantenho o mesmo entusiasmo e ânsia de ter uma Ripper. Tanta ânsia, que vou adiar a compra da Voodoo Wango, esperar mais um tempo (já que custa o dobro) e tentar de alguma forma comprar uma Slingshot Ripper aqui na UE… ou não! redescobrir a Slingshot trouxe-me algumas indecisões..

Li há muito que na génese da Slingshot está o Sr.Fisga (Mark Groendal) a andar na sua bike, ainda em tenra idade. Até que uma vez sente a ‘motocicleta’ mais suave e a amortecer as irregularidades do terreno por onde passava. Olhou para baixo, e reparou que o tubo de baixo estava quase partido ao meio. Gostou tanto da sensação (do tubo de baixo partido, não da tareia que deve ter levado dos pais por dar cabo da bike :P) que acabou por criar este tipo de bicicletas. Mas como li há muito, se calhar não é de confiar… encontrei à pouco este sitio com uma história mais como deve ser.

Slingshot
imagem ou do site da Slingshot ou do espaço no MySpace da Slingshot :P

Na Slingshot não existe assim tanta coisa para falar como na Maverick, já que a novidade reside unicamente no desenho particular do quadro. O sistema parece simples e a vantagem é a acumulação de energia e consequente aproveitamento da mesma no acto de pedalada, denominado de Sling Power. Como com as Maverick, gosto mais de uma observação empírica para falar da eficácia. E tal como nas Maverick, no papel, as Slingshot soam muito bem. Mas é difícil de compreender exactamente o que é isso do Sling Power, porque remete a um ponto morto que se observa ao pedalar num quadro normal, e como todos temos um quadro normal, não sabemos bem o que é esta coisa de ponto morto na pedalada, nem que raio de diferença será essa.
O ponto morto é bem óbvio até ! ‘dá-se’ quando os pedais se encontram todos na vertical: um completamente em cima o outro em baixo, onde é impossível transferir energia. Encontrei ainda outra empresa que já conhecia há uns tempos, mas tinha caído no esquecimento. A Rotor (estes já não são amaricanos, são mesmo aqui ao lado, de Espanha) tem uns pedaleiros que ajudam a resolver esse problemas e trazem benefícios ergonómicos também, tal como as Slingshot, já que parece prevenir a tendinite e lesões nos joelhos.

Slingshot quadro
imagem ou do site da Slingshot ou do espaço no MySpace da Slingshot :P

Imaginar a ‘fisga’ a funcionar já é mais simples (ou não, só vendo mesmo). Já que uma mola a comprimir e expandir é coisa que toda a gente já viu, e é fácil perceber que esta mola vá agindo assim ao pedalar e a suportar impactos, fazendo oscilar a roda de trás para trás e para a frente e compensando assim o ponto morto nos pedais.
Mas a verdade é que não consigo ter uma ideia exacta de como é que isto, de facto, funciona. Será que a traseira anda para trás e para frente de forma brusca ? o pedaleiro flecte muito ? a parte da frente anda desalinhada da parte de trás ?
Nos fóruns e testemunhos da mtbr.com dizem que isto tudo funciona muito bem (tirando uma ou outra pessoa), não se sente perda nenhuma de energia, muito pelo contrário; e é rígida como todas as outras bicicletas. A BikeRadar têm uma boa análise da versão 29er a FarmBoy aqui. Mas para gente como eu que só ligam à própria experiência, penso que são estas dúvidas e a vontade de obter a performance tão prometida pelo sistema da Slingshot, que me fazem querer ter uma.

Relativamente ao conforto deste sistema, que fica enquadrado naquilo que se chama de caudas-suaves (soft tails :P), acho muito dúbio, já que o tubo do selim fica preso as escoras traseiras e deve apanhar com o impacto todo, reflectindo-o no ‘rabito’ e costas como qualquer outra cauda-dura :P (hardtail). Mas não é objectivo da Slingshot que os quadros sejam o paradigma do conforto.

Existe ainda outra marca, do mesmo senhor que esteve na génese da Slingshot, são as ERB, Energy Return Bicycles. Sendo que a única vantagem, assim por alto, me parece ser mesmo o conforto, já que o espigão/selim não têm qualquer ligação com as escoras traseiras e logo não balançam com estas.

ERB, Energy Return Bicycles
imagem roubada do site da ERB

Resumindo, é daqueles quadros que estou mesmo disposto experimentar, ao ponto de arriscar comprar um, mesmo sem fazer um testride (já que nunca vi nenhuma em Portugal). Se a pedalada é mais eficaz, a geometria é boa, o peso é normal (não são os quadros mais leves do mundo), e traz benefícios para a saúde, para mim é o suficiente. Só fica a faltar o conforto.

Slingshot
imagem ou do site da Slingshot ou do espaço no MySpace da Slingshot :P

Espero que este post traga a marca Slingshot para a língua portuguesa, já que era capaz de ir a qualquer ponto do pais só para testar uma e eventualmente comprar. Espero também que venha a suscitar o interesse e a mesma curiosidade que eu para que um dia todos a possamos experimentar.
No site da Slingshot reparei em dois distribuidores europeus na Itália, Suécia e Alemanha, mas nos sites destes distribuidores não dava para ver os vendedores aos quais distribuem (ou fui eu que não me esforcei assim tanto..). Se alguém souber, que diga! Se alguém tiver uma, que fale também da sua experiência :)


Maverick

Há muito que ando para fazer algures um registo de marcas, que bastantes vezes são o nome do próprio fabricante/empresa, e que me despertam interesse.
Vou começar pela Maverick, que é lá das americas, no Colorado (aquele estado onde os habitantes da série South Park vivem :P. E onde o Dodge Challenger do filme Vanishing Point começou a sua viagem).

duc32
Maverick DUC32

A primeira vez que vi o que a Maverick fazia, só reparei nos garfos de suspensão, o DUC32 e SC32. Porque tinham – e continuam a ter – um peso impressionante para o curso que ofereciam, bem como um total de aspectos técnicos que as continuam a destacar, como o desenho invertido, o quickflip, a estrutura em H, e (grandes) cubos especiais. Na altura não achei nada de especial o sistema de amortecimento que tinham, o MonoLink. Mas cada vez que vejo uma(e tenho visto algumas ao vivo) mais reparo nos quadros e no sistema de suspensão traseira.

Maverick Durance
Maverick Durance, de notar na trazeira o desenho MonoLink

Ao contrario de alguns tempos atrás, já não me preocupo em “imaginar” como uma suspensão funciona ou não, prefiro testar e definir com base na experiência. Também não estou bem ocorrente da oferta actual dos outros fabricantes, porque como tem vindo a salientar-se por aqui, ando mais à volta dos quadros rígidos. Mas sempre que vejo uma (e refiro-me ao actual modelo Durance, já que antes tinham outros nomes), penso que seria algo a pensar quando quiser uma suspensão total. O quadro parece extremamente rígido (tem a suspensão integrada no quadro), a curva do tubo do selim (necessária ao design da suspensão traseira) parece-me proporcionar mais conforto. De resto, slooping excelente, bom peso, bom curso, e uma geometria boa para este tipo de bicicleta.

speedball R
Maverick Speedball R e respectivo controlozito no guiador

Um outro aspecto particular da Maverick são os tubos do selim Speedball R, com altura regulável em tempo real. Isto é, um cabo que liga o tubo de selim ao guiador e através de um regulador, permite-nos alterar a altura do selim. É bom para compensar as flutuações da posição ao descer, subir e andar em rectas, sem ter de parar. É também uma coisa que nunca tinha visto (mentira, uns dias após escrever este post tomei conhecimento do GravityDropper, que parece ser mais antigo. E após mais uns dias, estes Crank Brothers Joplin. Pensava que só faziam pedais..). Podem não ser leves, mas são muito úteis.

Penso que a única marca que com quem a Maverick partilha este sistema de amortecimento traseiro, seja a Seven, para quem quer titânio no lugar do alumínio. Se já não tivesse onde gastar dinheiro, era capaz capaz de me inclinar para a Seven Duo 5.0 :P

Seja o MonoLink uma coisa boa ou má (a mim parece-me mais para o boa só pela explicação do sistema, e acho interessante o facto do eixo pedaleiro estar nas ligações da suspensão), as partes e o “pacote” que a Maverick oferece ainda hoje me soa apelativo. Talvez quando andar numa mude de opinião. Ate lá, continuo a acha-la uma marca, sem dúvida alguma, muito interessante. Repleta de detalhes, curiosidades e surpresas, que estruturam o carácter funcional da proposta da Maverick. E sem a grande cortina de ‘marketing ranhoca’ (falso), como a Scott, Trek, Giant e Specialized, ou exemplos péssimos de vendedor de rua, como todas as marcas portuguesas (Vag, Órbita, Prime, Esmaltina, Sirla e afins).

E com isto, espero manter um registo do que era, por esta altura, mais interessante para mim, na expectativa que possa ser interessante para outros. E aprender uma coisita ou outra também.